Missão
Promover, através de colaborações institucionais
e culturais, a pesquisa cientifica multidisciplinar e
o ensino de excelência relacionados aos tópicos de energia-ambiente-biodiversidade.
Objetivo
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de
Energia, Ambiente e Biodiversidade (INCT-EAB), afiliado a Universidade
do Estado do Amazonas (UEA), é uma instituição de ensino e pesquisa
com o propósito de compreender e propor alternativas para minimizar
os efeitos das questões cruciais globais que a humanidade está
enfrentando: estabilizar o clima e melhorar as condições
ambientais. São questões críticas no desenvolvimento econômico,
na política sanitária, na qualidade de vida, e na segurança
nacional e internacional.
Mapas
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Estrutura multicampi da Universidade do Estado do
Amazonas
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Sede
Universidade do Estado do Amazonas -
UEA
Escola Superior de Ciências da Saúde
Endereço:
Av. Carvalho Leal, 1777 - Cachoeirinha
69065-001 Manaus – AM
Coordenação
- Coordenador Geral
José Carlos Verle Rodrigues
- Vice – Coordenador
Tetsuo Yamane
- Secretária
Natália Alves
Conselho Científico
A função do Conselho Científico inclui
1. Selecionar pesquisadores para dirigir os grupos de
pesquisa
2. Selecionar áreas de pesquisa
3. Organizar reuniões para analisar e discutir resultados
4. Elaborar relatórios ou artigos para publicação e divulgação
para as agências de fomento
Instituições Participantes
BTI - Boyce Thompson Institute for Plant Research, USA
CATEC - Center for Applied Tropical Ecology and Conservation,
USA
C.U. - Cornell University, USA
CENA/USP - Centro de Energia Nuclear na Agricultura, SP
CEPEAM - Centro de Projetos e Estudos Ambientais do Amazonas,
AM
CUNYC - Columbia University, USA
Embrapa/Cenargen - Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos
e Biotecnologia, DF
IBU - Instituto Butantan, SP
ICE-MPG - Max Planck for Chemical Ecology , Germany
INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, AM
J.G.U. - Universitat Mainz (Johannes-Gutenberg), Germany
MIT - Massachusetts Institute of Technology, USA
PRUN - Princeton University, USA
PSU - The Pennsylvania State University, USA
SBR - Station Biologique de Roscoff, France
SUFRAMA/CBA - Centro de Biotecnologia da Amazônia, AM
U.A. - University of Arizona, USA
UEA - Universidade do Estado do Amazonas, AM
UF - University of Florida, USA
UFAM - Universidade Federal do Amazonas, AM
UFC- Universidade Federal do Ceara, CE
UNAL - Universidad Nacional de Colombia, Colombia
UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo, SP
Universidad Centroccidental Lisandro Alvarado, Venezuela
Universidad Nacional Agraria La Molina, Peru
UPR - University of Puerto Rico, USA
USP- Universidade de São Paulo, SP
WIS - Weizmann Institute of Science, Israel
Pesquisadores Participantes
Akira Tanaka
Aldir Cavalcante Antunes
Alessandro A. Santos Michiles
Alvaro R.B. Prieto da Silva
Andre Junqueira Zaharenko
André L. Willerding
Andrea Borghi M. Jacinto
Antonia Q. Lima de Souza
Antonio J. Lapa
Beny Spira
Carl C. Childers
Cassia Rozaria da Silva Souza
Claudia Cândida Silva
Consuelo de Moraes
Cristina Sayuri Maki
Dan Yakir
Denise Navia Magalhães Ferreira
Eduardo Brant de Oliveira
Emilio Bizzi
Enrique Eduardo Rozas Sanchez
Erica C. Campos Caldas
Esteban Garcia Quiñones
Fernando A. Carvalho Dantas
Francis Wagner S. Correia
Frank C. Schroeder
Gandhi Rádis Baptista
Gilberto Jose de Moraes
Heinz C. Schroder
Helena Camarão Telles Ribeiro
Ian Thomas Baldwin
Ilan Koren
Irina Kerkis
Ivete Araújo Roland
Jamal da Silva Chaar
Jamile Dehaini
Janeide Monteiro de Souza
Jerrold Meinwald
João Batista Tavares da Silva
João Bosco Lopes Botelho
João Lúcio de Azevedo
John Hopfield
Jörg Johannes Ohly
José Antonio Nunes de Melo
Jose Carlos V. Rodrigues
Jose Luiz de Souza Pio
José Odair Pereira
Jucileuza C dos Santos
Judith K. Brown
Koji Nakanishi
Kurt Wuthrich
Laurent Meijer
Lucille M.M.K. d'Amorim Antony
Luiz Hiroshi Koshimizu
Marcilio de Freitas
Márcio Reis Custódio
Maria Dolores Pinheiro Fonseca
Maria Margarida Souza Athayde
Marines Rodrigues Bulbol
Mark C. Mescher
Mayra Kassawara Martins
Monica Guzman Barney
Mordechai Sheves
Neusa de Lima Nogueira
Patricia Melchionna Albuquerque
Raimundo Ribeiro Passos
Rita V. Andreoli de Souza
Rodolfo E. Lagos Monaco Leighton
Rodrigo A. Ferreira de Souza
Rudi E. de Lima Procópio
Sandra P. Zanotto
Sergio Duvoisin Junior
Sergio M. Nunomura
Tetsuo Yamane
Werner E.G. Muller
Yinon Rudich
Membros do Conselho consultivo
Nome |
Instituto |
Álvaro Prieto
da Silva |
Instituto
Butantan |
Consuelo
de Moraes |
Pennsylvania
State University |
Emilio
Bizzi |
Massachusetts
Institute of Technology |
Gandhi
Rádis-Baptista |
Universidade
Federal do Ceará |
Ian T.
Baldwin |
Max Planck
Institute |
Jerrold
Meinwald |
Cornell
University |
João
Lucio de Azevedo |
Universidade
de São Paulo |
John
Hopfield |
Princeton
University |
Jörg
J. Ohly |
Universidade
do Estado do Amazonas |
Jose
Antonio Lapa |
Universidade
Federal de São Paulo |
Jose
Carlos V. Rodrigues |
Universidade
do Estado do Amazonas |
Jose
Luiz de Souza Pio |
Universidade
do Estado do Amazonas |
Koji
Nakanishi |
Columbia
University |
Kurt
Wüthrich |
ETH /
Scripps Institute |
Laurent
Meijer |
Station
Biologique de Roscoff |
Mudi
Sheves |
Weizmann
Institute of Science |
Sandra
Zanotto |
Universidade
do Estado do Amazonas |
Tetsuo
Yamane |
Universidade
do Estado do Amazonas |
Áreas de Pesquisaica
Floresta Amazônica
- Ecologia química:
Clima
As florestas tropicais exercem um papel estabilizador do clima
e, por sua vez, esta estabilização é importante para a preservação
dos ecossistemas. Portanto, é necessário compreender a
dinâmica dos sistemas climáticos do planeta nas escalas local,
regional e global, contribuindo assim para melhor política para
sustentar o nosso ambiente atual. As pesquisas
serão dirigidas para o nosso entendimento quantitativo das relações
entre atividades humanas, água e aquecimento global:
- Ecohidrologia, a interação entre a atmosfera e hidrologia
com plantas e solo num ecossistema natural
- Impacto das atividades antropogênicas sobre o clima e seus
efeitos na bacia hidrográfica
- Química atmosférica, aerossóis e propriedades de nuvens.
Floresta Amazônica
As florestas úmidas oferecem uma oportunidade enorme e um desafio
imenso aos naturalistas. O processo em curso de co-evolução
entre plantas, animais e micróbios conduziu a intricada interações
químicas de defesa e comunicação, que é a base dos ricos mas
frágeis ambientes de florestas tropicais. Estes ambientes
estão sob a pressão constante, em conseqüência das mudanças
climáticas, pressões econômicas e de população humana.
Os seguintes temas serão abordados para pesquisa:
Ecologia química - O tema
principal diz respeito ao estudo químico das interações bióticas
que ocorrem em todos os seres vivos. As bactérias
são capazes de se comunicar umas com as outras para regular
coordenadamente a expressão de genes de acordo com a densidade
populacional – “quorum sensing”. As plantas também
possuem sua linguagem própria. Plantas atacadas por herbívoros
liberam compostos orgânicos voláteis (VOCs) e as plantas
vizinhas ativam mecanismos de defesa antes de serem atacados.
Toxinas utilizadas por muitos organismos, como serpentes e artrópodos,
com o propósito de defesa e/ou predadorismo constituem uma das
fontes mais concentradas de enzimas e toxinas encontradas na
natureza.
Plantas - Metabólito secundário é o
sinônimo de produto natural. A pesquisa concentrará nas
plantas com atividades contra doenças tropicais e a caracterização
dos metabólitos secundários. Mais de 50.000
metabólitos secundários tem sido caracterizados e cada planta
apresenta muitos milhares de metabólitos. De ocorrência
comum é o fato de uma mesma planta apresentar ou não a síntese
dos compostos de com uma atividade desejada. As razões
são inúmeras, pois a síntese pode depender da fase de crescimento,
do solo, da ação da luz (efeito fotoquímico) ou mesmo a possibilidade
de princípio ativo ser sintetizado por um microrganismo
endofítico. A maioria das plantas ainda não teve
a sua microbiota endofítica estudada, apresentando uma oportunidade
enorme para a descoberta de novos compostos bioativos.
Viroses - Interações planta-patógeno-vetor-simbiontes
- Viroses são o mais simples e diverso grupo de organismos.
Viroses foram originalmente estudadas pelo dano direto que induziam
nas plantas hospedeiras. Fortuitamente esses estudos auxiliaram
no melhor entendimento de vitais processos fisiológicos das
plantas e tornaram-se a base para novas técnicas de manipulação
genética. Até recentemente, os modelos descrevendo interações
entre planta-patógeno-vetor eram restritos a ambientes temperados
e/ou espaços agrícolas. Considerando que os trópicos (Amazônia)
hospedam grande biodiversidade propomos o estudo das interações
entre planta-virus-vetor-simbiontes utilizando dois modelos.
O primeiro diz respeito a um grupo de viroses de DNA e o segundo
um grupo de viroses que tem RNA como material genético.
Microrganismos - Como o primeiro organismo
vivo a se estabelecer e nosso planeta, os microrganismos tiveram
que desenvolver mecanismos para sobreviver em condições ambientais
variadas e extremas. Isso levou a adaptações bioquímicas
diversas e um repertório rico de enzimas, responsáveis por manter
o nosso ambiente no equilíbrio que possibilita vida.
A pesquisa com microrganismos está organizada por diversos
pesquisadores que desenvolverão as seguintes áreas:
- microrganismos degradadores de: produtos químicos ambientalmente
perigosos e plásticos (biorremediação)
- microorganismos produtores de enzimas de interesse industrial:
lípase, protease e celulase para uso na produção de biocombustíveis:
biodiesel e bioetanol
- microrganismos com capacidade de capturar/imobilizar: metais
pesados (bioremediação), fosfato (reciclagem)
- microrganismos endofíticos - produção de compostos com a
aplicação na agricultura, medicina, cosméticos e alimentos
Águas da Amazônia
Nos habitats aquáticos da Amazônia ocorrem variedades de organismos
altamente especializados. Esses habitats são também locais de
grande importância para ciclos biogeoquímicos, com efeito tanto
regional quanto global. As pesquisas a serem realizadas abrangem
estudos sobre (1) microrganismos associados a esponjas de água
doce e (2) a biodiversidade planctônica no Rio Amazonas.
Bioensaios
Os ensaios farmacológicos - bioensaios – constituem a
base do desenvolvimento de fármacos. O Centro de Estudos
Farmacodinâmicos e Toxicológicos de Medicaentos (FARMATOX) da
UNIFESP, que estará atuando associadamente com o INCT, foi estruturado
para atender à demanda farmacológica e toxicológica de
plantas medicinais e possibilita a execução de seguintes ensaios:
1) triagem multidimensional (hipocrática) por 2 vias
(P.O. e I.P.)
2) atividades: cardiovascular; sistema respiratório;
antiinflamatória; gastrointestinal; antinociptiva (analgésica);
nervoso central; ação na neurotransmissão e na contração
muscular; alvos moleculares utilizando técnicas de binding,
eletrofisiológicas, cinética enzimática, ou radioligantes específicos;
3) determinação pré-clínica do Índice Terapêutico (IT) e da
Dose Equivalente Humana (DEH);
4) segurança farmacológica
Socioambiental - Desenvolvimento
Sustentável & Inclusão Social
Com a percepção do ‘esgotamento dos recursos naturais'
devemos direcionar a pesquisa para encontrar soluções sustentáveis
e trazer benefícios para a população. Buscas de tecnologias
e soluções sustentáveis para recuperação do ecossistema, e a
redução dos efeitos das mudanças climáticas devem ser preocupações
constante em todas as atividades do homem. Crescer sem
destruir e sem romper o equilíbrio ecológico são os pré-requisitos
para a manutenção da harmonia entre o homem e a natureza.
A pesquisa nesse campo socioambiental inicialmente concentrará
os esforços nas seguintes áreas que já apresentam alguns avanços
tecnológicos.
Energia - solar e biodiesel
Solo - recuperação de áreas degradadas
Água - água potável
A primeira finalidade será a inclusão social de comunidades
isoladas e pequenos agricultores que podem contribuir no desenvolvimento
sustentável da floresta Amazônica ao mesmo tempo que tenham
melhora na qualidade de vida.
Educação e Desenvolvimento de Recursos Humanos
Em geral, o ensino da ciência está centrado nas ferramentas
teóricas: cursos de ciência geralmente oferecem relativamente
pouca ênfase às questões de aplicações, impacto social, ética
e questões conexas. Os cursos a serem administrados pelo
INCT procurarão preencher essas lacunas e focarão sobre questões
vinculadas à vida humana diária, como: energéticos, ambientais
e de conservação.
Cursos - Serão criados cursos sobre temas,
que serão escolhidos, a partir do foco das propostas de pesquisa,
de destaque interdisciplinar do Instituto. Por exemplo,
incluem cursos de desenvolvimento nas áreas “Ecologia Química
Tropical”, “Vetores e Vírus Emergentes” e “Alimentação, Energia
e Crises Climáticas”. Os alunos trabalharão in situ
em ecossistema variados, para adquirir experiências sobre
os temas abordados nos cursos. Os cursos serão ministrados
por integrantes envolvidos na atividade de pesquisa do INCT
e de pesquisadores visitantes de outras instituições.
Programas Escolares - Preparação de atividades
para professores dos Ensinos Médio e Superior. Atividades
intensivas (palestras, oficinas) serão realizadas sobre ciência
do meio ambiente para os professores do ensino médio com os
seguintes objetivos: (i) auxiliar os professores em desenvolver
conceitos de ciência dentro do contexto ambiental, e melhorar
a sua compreensão pela aplicação real, e (ii) colaborar com
os professores a levar a tecnologia para sala de aula.
Questões de saúde serão enfatizadas e introduzidas com o uso
das ferramentas de biologia molecular.
A Escola Normal Superior (ENS) da UEA participará na elaboração
dos conteúdos dos seminários/palestras, para assegurar o sucesso
deste programa de atualização de conhecimento para os professores
da rede de ensino local.
Programa de Informações Públicas - Temas relacionados
com ciência ambiental serão proferidos por meio de seminários/palestras
e artigos de mídia. Uma das funções mais importantes da educação
para a conservação dos ecossistemas é saber repassar as informações
científicas de forma coerente para cada nível de ouvintes, seja
ela de qualquer faixa etária. Tal como afirma Edward O.
Wilson, biofilia, a atração natural para sistemas vivos, é inerente
à natureza humana. O INCT visa o interesse coletivo e
responsabilidade, i.e., a de ensinar uma nova geração de cidadãos
a compreender a interdependência com todas as formas de vida
presente, e para preservar os equilíbrios ecológicos que nos
sustentam.