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Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Excitotoxicidade e Neuroproteção (INCT-EN) |
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O Instituto
O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central (SNC) de mamíferos, atuando em diversos eventos fisiológicos como memória-aprendizado e desenvolvimento de envelhecimento. Entretanto, a estimulação excessiva do sistema glutamatérgico, decorrente de níveis aumentados de glutamato na fenda sináptica, é uma situação extremamente prejudicial à atividade cerebral. Esta situação, denominada excitotoxicidade glutamatérgica, está envolvida em inúmeros distúrbios que afetam o SNC de forma aguda (por exemplo: acidentes isquêmicos cerebrais, hipóxia, traumatismo cerebral, hipoglicemia, convulsões e intoxicação por metais), bem como tem sido relacionada com a etiopatogenia de doenças crônicas neurodegenerativas (por exemplo: demências, doença de Parkinson e esclerose múltipla). As estatísticas evidenciam uma alta incidência e prevalência de doenças neurológicas decorrentes ou associadas à excitotoxicidade glutamatérgica, acarretando um enorme custo econômico e social. No Brasil, o investimento no estudo de doenças neurológicas é particularmente ressaltado na Portaria 1.161 do Ministério da Saúde (MS), de 7 de julho de 2005, que institui a Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica. Neste documento, o MS ressalta a importância epidemiológica das doenças neurológicas no Brasil e a magnitude social na população afetada e o custo elevado e crescente para o estado brasileiro; enfatiza o quadro de morbidade, composto por elevada prevalência de pessoas com sequelas de doenças neurológicas e elevada taxa de mortalidade. Considera, porém, a possibilidade de êxito da intervenção precoce na história natural das doenças neurológicas, por meio de ações de promoção e prevenção em todos os níveis de atenção à saúde e aponta para a necessidade de ações educativas e preventivas visando à diminuição de traumas e suas sequelas. O documento também ressalta que a incidência dessas doenças nos países em desenvolvimento tem como agravantes a desnutrição, a falta de assistência ao parto, as doenças infecciosas e parasitárias e a dificuldade de acesso à assistência à saúde. A criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Excitotoxicidade e Neuroproteção busca promover a integração entre diferentes grupos de pesquisa, com o objetivo de consolidar a investigação sobre excitotoxicidade e o desenvolvimento de novas estratégias de neuroproteção no Brasil. Além disso, seus esforços estão concentrados em três grandes frentes: - Impulsionar o conhecimento sobre excitotoxicidade, suas conseqüências e estratégias de neuroproteção, com uma abordagem multidisciplinar básica e clínica. - Promover a formação de recursos humanos altamente qualificados no tema ao nível de pós-graduação. - Envolver estudantes do ensino médio, de graduação e de pós-graduação na difusão do conhecimento no tema.
Coordenação
O Prof. Diogo Onofre Gomes de Souza (Departamento de Bioquímica, UFRGS) é o coordenador do INCT-EN, e o Prof. Carlos Alberto Saraiva Gonçalves (Departamento de Bioquímica, UFRGS) é o vice-coordenador. O comitê gestor é também composto pelos seguintes pesquisadores: - Dr. João Batista Teixeira da Rocha (UFSM), pesquisador
CNPq-1A
Sede
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Excitotoxicidade e Neuroproteção está sediado no Departamento de Bioquímica do Instituto de Ciências Básicas da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre.
Estados participantes
Esta rede envolve 42 pesquisadores, 11 Universidades em 9 cidades: Porto Alegre, RS Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Rio de Janeiro, RJ Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Florianópolis, SC Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Santa Maria, RS Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Pelotas, RS Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Rio Grande, RS Fundação Universidade Federal de Rio Grande (FURG) São Grabriel, RS Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) Ribeirão Preto, SP Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto (USP-RP) Crato, CE Universidade Regional do Cariri (URCA)
Pesquisadores
O grupo proponente constitui-se de pesquisadores de reconhecida competência e produtividade pelos órgãos públicos de avaliação e fomento, bem como de inserção internacional reconhecida pelo conjunto das publicações e das cooperações internacionais. Prof Carlos Alberto Gonçalves (UFRGS) Cooperação com instituições internacionais Atualmente alguns grupos desenvolvem cooperações internacionais, o que poderá ser ampliada com o implemento do Instituto. Os pesquisadores no exterior são: - Prof. Rodrigo Cunha, racunha@clix.pt - Universidade de Coimbra, Faculdade de Medicina, Centro de Neurociências, Coimbra, Portugal; - Prof. Georg Hoffmann, Georg_hoffmann@med.uni-heidelberg.de, e prof Stefan Koelker, stefan_koelker@med.uni-heidelberg.de - Universidade de Heildelberg, Alemanha; - Prof. Cornelis Jakobs C.Jakobs@vumc.nl, Universidade de Amsterdam, Holanda; - Prof. Stephen Goodman, stephen.goodmann@UCHS.edu - Universidade do Colorado, USA; - Prof. Michael Gibson, michael.gibson@chp.edu - Universidade de Pittsburgh, USA; - Prof. Rosário Donato, donato@unipg.it , Universidade de Perugia, Itália; - Prof. Richard Rodnight, Richard.Rodnight@newcastle.deu.au, e prof. Peter Dunkley Peter.Dunkley@newcastle.edu.au , University of Newcastle, Austrália. |
