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Notícias
 
09/12/2009
 

 

Revista especial sobre a expedição Deserto de Cristal na Antártida recebe Prêmio Esso de Jornalismo

Folha de S. Paulo

A revista especial ''No coração da Antártida", publicada pela Folha, foi a vencedora do Prêmio Esso de Jornalismo 2009 na categoria Informação Científica, Tecnológica e Ecológica. O Prêmio Esso foi criado em 1955 e está em sua 54ª edição. A premiação ocorreu na noite desta terça-feira (8), no Rio de Janeiro.

A edição circulou encartada com a Folha, no dia 22 de março deste ano. Enviados especiais a montes Patriot, a apenas mil quilômetros do polo Sul, o colunista Marcelo Leite, 52, e o repórter fotográfico Toni Pires, 43, acompanharam, com exclusividade, a primeira missão científica brasileira no coração do continente austral.

"É um prêmio muito oportuno, porque [ele] consagra um trabalho de equipe, tanto de repórteres e pesquisadores como de edição, que foi uma experiência única, nos meus mais de 30 anos de jornalismo", conta Leite. ''Gostaria de destacar, especialmente, o trabalho de planejamento e criação dos dois editores da revista, "Esse planejamento na verdade começou em 2001, quando Toni e eu chegamos de uma viagem à Antártida e decidimos voltar para lá um dia", diz Claudio Angelo, 34, editor de Ciência da Folha. Leite e Pires foram os dois primeiros jornalistas brasileiros a pisar o interior do continente gelado. A maratona consumiu 14 dias nos montes Patriot, dormindo em barracas e sem banho, com o objetivo de acompanhar o trabalho dos pesquisadores da Expedição Deserto de Cristal, liderada por Jefferson Cardia Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi a primeira expedição brasileira autônoma ao interior do continente, longe da
península Antártica.

No centro do esforço de pesquisa estava a escavação de colunas de gelo ("testemunhos") para estudo do passado da atmosfera terrestre e da maior massa de gelo do planeta, com influência decisiva sobre os padrões do clima mundial.

O resultado da vida abaixo de zero rendeu 68 páginas, nas quais eles contaram como se vive e trabalha no manto de gelo que é 65% maior que o Brasil. Com a publicação, os leitores da Folha receberam também um pôster, com o mapa e a história do continente.