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14/12/2009
 

 

Rede de Sensores para irrigação de precisão garante maior produtividade e economia de recursos hídricos

A irrigação de precisão é o manejo espacialmente diferenciado da irrigação em uma propriedade agrícola, visando prover a quantidade de água específica para as necessidades cada área do terreno de uma plantação. Para que isto seja possível, é fundamental ter meios precisos para aferir o grau de umidade do solo em cada micro-região. As redes de sensores para monitoramento ambiental têm mostrado eficácia para esta aplicação. Dentre os grupos de pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletrônicos (INCT Namitec), um em especial tem se dedicado a estas aplicações.

A Embrapa Instrumentação Agropecuária é uma das participantes da rede de 22 instituições de pesquisa que compõem INCT Namitec, cujo o foco de pesquisa é na área de microeletrônica, com pesquisas e ações no estudo de redes de sensores, projeto de circuitos integrados, estudos de dispositivos, tecnologias de fabricação e formação de recursos humanos. O INCT Namitec é sediado no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas, São Paulo.

Para gerenciar um sistema de irrigação de precisão, a equipe de pesquisadores da Embrapa, chefiada pelo Dr. André Torre Neto, desenvolveu uma plataforma nacional com dispositivos sensores e atuadores inteligentes interligados através de rede sem fio, via rádio. Essa rede permite o monitoramento em tempo real de parâmetros bióticos e abióticos do sistema de produção e de parâmetros físicos e químicos do sistema de irrigação. Ele possibilita ainda a atuação remota sobre válvulas, moto-bombas, misturadores, agitadores, entre outros dispositivos aos quais se possa estabelecer uma interface eletrônica.

Os dispositivos sensores e atuadores da rede comunicam-se através de enlaces de rádio de curta distância entre si e também com entidades de maior capacidade computacional, também estabelecidas no campo, denominadas Estações de Campo (EC). As Estações de Campo por sua vez, comunicam-se através de enlaces de longa distância com um computador central na sede da fazenda, denominado Estação Base. Neste local, o agricultor tem acesso a um software Gerenciador do Sistema de Irrigação, que fornece mapas de umidade do solo, auxiliando na definição das zonas de manejo específicas para o dispêndio de água.

A rede de sensores, as estações de campo e a estação base compõem um sistema de automação para irrigação viável do ponto de vista técnico e econômico. Os testes operacionais, realizados na Fazenda Maringá da Fischer Agropecuária em São Carlos, revelaram que o sistema tem fácil instalação e operação. Em situações reais, espera-se como resultado uma economia de 20 a 40% no uso racional da água e energia.

Imagens

Estação de campo

Sensores de irrigação

Assessoria de Imprensa Namitec