O Prêmio José Reis foi criado pelo CNPq em 1978 como reconhecimento do trabalho do professor José Reis. Ainda em vida, o prêmio levava seu nome.
Inicialmente o Prêmio era bienal e os candidatos, sugeridos pela própria comissão julgadora. Em 1982 tornou-se anual, sofrendo uma profunda reformulação em seu regulamento. No período 1983 a 2013, o prêmio contava com três categorias: "Divulgação Científica e Tecnológica", ao pesquisador ou escritor como divulgador da Ciência; "Jornalismo Científico", ao jornalista destaque da área, e "Instituição", premiando a instituição ou o veículo de comunicação que mais apoiou a divulgação científica. Em 2014, as denominações das categorias "Divulgação Científica e Tecnológica" e "Jornalismo Científico" passaram à denominação “Pesquisador e Escritor” e “Jornalista em Ciência e Tecnologia”, respectivamente.
Desde 1995, o Prêmio é concedido anualmente a apenas uma das três categorias, em sistema de rodízio, iniciando-se com “Divulgação Científica e Tecnológica” que, em 2014, passou a ser denominada “Pesquisador e Escritor”.
QUEM FOI JOSÉ REIS
José Reis nasceu no Rio de Janeiro em 1907. Sua formação acadêmica incluiu os melhores centros nacionais, como a Faculdade Nacional de Medicina (1925-30) e o Instituto Oswaldo Cruz (1928-29), de onde foi para o Rockefeller Institute, em Nova York, especializar-se em virologia (1935-36), e foi diretor do Instituto Biológico de São Paulo. Como pesquisador, realizou diversos trabalhos em Ornipatologia, tornando-se especialista em doenças de aves, respeitado internacionalmente.
Em 1947, o professor José Reis começou a publicar no jornal Folha da Manhã artigos de Divulgação Científica. Esses artigos foram a base para seu trabalho que, entre outras realizações, inclui a criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, que ajudou a fundar em 1948.
José Reis conseguiu aliar uma importante carreira como pesquisador de renome internacional ao trabalho de explicar ciência de modo didático por meio da imprensa. E não foi só isso, dedicou-se ao jornalismo como à Ciência, e chegou a ser Diretor de Redação da Folha de S. Paulo, entre 1962 e 68.
Em 1964 recebeu o Prêmio John R. Reitemeyer, concedido pela Sociedade Interamerica de Imprensa e União Panamericana de Imprensa, por seus trabalhos em Jornalismo Científico. E em 1975 recebeu o Prêmio Kalinga, concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) por seu trabalho de divulgação científica. Entre outros ganhadores desse prêmio estão o filósofo britânico Bertrand Russell e a antropóloga americana Margaret Mead.