O Prêmio Jovem Cientista visa revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade.
Instituído em 1981, o Prêmio é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a primeira instituição federal de fomento à ciência, tecnologia e inovação e pioneira na concessão de prêmios no Brasil. O Prêmio conta com a parceria da Fundação Roberto Marinho e com o patrocínio da Fundação Grupo Boticário e do Banco do Brasil.
O uso sustentável de recursos naturais é um grande desafio. Em sua pesquisa, João Vitor Campos e Silva avalia um modelo de conservação na Amazônia que recupera populações de pirarucu, maior peixe de escamas do mundo, com alto valor comercial e cultural. Segundo o estudo, áreas protegidas equivalem a uma poupança bancária, gerando benefícios econômicos e sociais às comunidades.
Evidências de atividades humanas milenares foram encontradas em áreas consideradas intocadas da Floresta Amazônica. A pesquisa de Carolina Levis revelou a persistência de um patrimônio natural-cultural na maior floresta tropical do Brasil, e também destacou a importância do manejo indígena passado para o sustento dos povos atuais. Um patrimônio a ser conservado.
Crianças e adolescentes em situação de orfandade, abandono e abuso inspiraram a pesquisa desenvolvida pelo educador Gelson Weschenfelder. O estudo investigou a percepção dos leitores de histórias em quadrinhos sobre os riscos psicossociais dos super-heróis como recurso inspirador e gerador de resiliência nos programas de intervenção para crianças e adolescentes.
A globalização e o crescente desenvolvimento urbano das cidades têm contribuído para a degradação ambiental. Em sua pesquisa, o estudante Célio Moura analisou as relações socioespaciais e de gestão das Unidades de Conservação do Recife, a partir da identificação dos seus atributos naturais peculiares, que lhes conferem valores patrimoniais e atestam sua significância.
A surdocegueira é uma múltipla deficiência sensorial relativa à perda da visão e audição. A doença pode acometer pessoas em diferentes fases da vida, com graus e causas distintas. Em sua pesquisa, a estudante de Design Rafaella Rêda dedicou-se a projetar um dispositivo capaz de auxiliar a comunicação de pessoas com surdocegueira através de sinais sensíveis ao toque.
A busca por mecanismos que protejam o meio ambiente e suas espécies é uma luta mundial. Em sua pesquisa, Jeferson de Oliveira analisou a relação entre a proteção ambiental e o respeito aos direitos à terra das populações tradicionais da Amazônia. O estudo partiu do caso do Parque Estadual Charapucu, uma Unidade de Conservação, e o Assentamento Agroextrativista Ilha Charapucu.
A partir da casca do maracujá, a estudante Juliana Davoglio Etradioto desenvolveu um filme plástico biodegradável (FPB) para substituir embalagens de mudas de plantas, que geram alta quantidade de resíduos na agricultura. A inovação reduz a poluição causada pelos sacos plásticos convencionais, se decompõe em 20 dias e não precisa ser retirada no momento do plantio.
Para economizar água potável, o estudante Sandro Lúcio Nascimento desenvolveu uma caixa sustentável de captação da água da chuva para a sua escola. O projeto teve como base a criação de um cimento ecológico feito a partir de fibras de coco e semelhante ao produto comercial e garrafas tipo PET no lugar de tijolos, evitando o descarte de resíduos plásticos na natureza.
O estudante Leonardo Silva de Oliveira utilizou a tecnologia como ferramenta para preservação da natureza e educação ambiental da população. Ele criou um aplicativo de celular para monitoramento participativo dos ecossistemas aquáticos, que recebe informações dos usuários sobre ameaças aos rios e mares como descarte de lixo, despejo de esgoto ou pesca excessiva e ilegal.
Inaugurada em 1977, a Escola Técnica Polivalente de Americana (SP) oferece Ensino Médio integrado aos cursos técnicos, além de formação em diversas áreas do conhecimento, auxiliando seus estudantes na descoberta profissional e na inserção no mundo do trabalho. A instituição inscreveu o maior número de trabalhos com qualidade da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista.
Com mais de 100 anos de serviços prestados à sociedade, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mantém cerca de mil grupos de pesquisa e mais de cinco mil projetos de produção científica em andamento. O Mérito Institucional Ensino Superior do Prêmio Jovem Cientista reconhece o quantitativo de trabalhos acadêmicos qualificados de mestres, doutores e estudantes vinculados à instituição.
A professora e pesquisadora Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca é referência nas pesquisas com abelhas nativas, sendo coautora da Declaração de São Paulo para os Polinizadores, que originou a Iniciativa Internacional de Uso Sustentável e Conservação dos Polinizadores. Participou de ONGs, associações e comissões estaduais e federais para a conservação e defesa do meio ambiente.
Mestre
e Doutor
1º Lugar R$ 35 mil
2º Lugar R$ 25 mil
3º Lugar R$ 18 mil
Estudante do
Ensino Superior
1º Lugar R$ 18 mil
2º Lugar R$ 15 mil
3º Lugar R$ 12 mil
Estudante do
Ensino Médio
1º Lugar Laptop
2º Lugar Laptop
3º Lugar Laptop
Mérito
Institucional
Instituição de ensino superior R$ 40 mil
Instituição de ensino médio R$ 40 mil
Mérito Científico
R$ 40 mil
A primeira edição do Prêmio Jovem Cientista, realizada em 1981, foi resultado de um contato da Marconi International Fellowship, administrada pelo Instituto de Estudos Humanísticos do Colorado, nos Estados Unidos, com o CNPq. O propósito era selecionar um candidato qualificado para concorrer ao Concurso Jovem Cientista Brasileiro - Prêmio Marconi. No ano seguinte, com o objetivo de despertar a vocação científica entre os jovens, o CNPq instituiu, definitivamente, o Prêmio Jovem Cientista, por meio da Resolução Executiva nº 109/1982.
O primeiro ganhador do Prêmio Jovem Cientista foi Henrique Sarmento Malvar, na época Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor da Universidade de Brasília (UnB), que apresentou um trabalho sobre Telecomunicações. Atualmente, Henrique Sarmento Malvar é Cientista Chefe do Grupo de Pesquisa em Inteligência Artificial da Microsoft em Redmond, Washington (EUA).
Ao longo dos anos o CNPq vem acompanhando a trajetória acadêmica e profissional dos premiados. Em 2011, editou a publicação "30 anos Revelando Talentos e Impulsionando a Pesquisa'' . Em 2018, o Prêmio Jovem Cientista completa 37 anos. Nesse período, tornou-se um dos mais importantes reconhecimentos aos cientistas brasileiros.
Vale registrar as empresas parceiras do Prêmio Jovem Cientista ao longo de 37 anos dessa iniciativa: a Gerdau, que foi o mais longevo parceiro, estando presente entre 1988 e 2015, a BG Brasil de 2014 a 2015, a GE de 2011 a 2013, a Eletrobrás/Procel, em 2002, permanecendo até 2006, o Grupo Ultra, com participação em 1984 e 1985 e a Companhia União de Refinadores, que participou nos anos de 1982 e 1983. Todas contribuíram para que o Prêmio tivesse uma grande visibilidade na sociedade, ressaltando a importância das atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para o desenvolvimento do País.
Com 67 anos de existência, o CNPq tem exercido um papel central no processo de formação e qualificação de recursos humanos, no país e no exterior, e no fomento à ciência, à tecnologia e à inovação, atuando na formulação de políticas e contribuindo, de forma significativa, para o avanço da fronteira do conhecimento, do desenvolvimento sustentável e da soberania nacional. A concessão de prêmios é uma ação tradicional do CNPq desde a década de 1970. O Prêmio Jovem Cientista, criado em 1981, é estratégico uma vez que, ao impulsionar a capacitação de estudantes, jovens pesquisadores e profissionais empenhados na busca de soluções para os crescentes desafios da sociedade brasileira, agrega valor a uma perspectiva ampliada da interação ciência-tecnologia-sociedade, a partir de uma atuação científica que tem na apropriação social do conhecimento um princípio vital. O Prêmio Jovem Cientista representa um grande estímulo para a ciência e a tecnologia no Brasil e apoia os ganhadores com bolsas de estudo do CNPq, em diferentes modalidades (iniciação científica júnior, iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado júnior), para sua formação acadêmica e como incentivo ao aprofundamento e continuidade de suas pesquisas. Nossos jovens e talentosos cientistas são fundamentais nesse esforço tão cheio de desafios e incertezas.
A Fundação Grupo Boticário nasceu em 1990 como uma das primeiras instituições ligadas à iniciativa privada voltadas à conservação da natureza no Brasil. Desde então, nosso compromisso se manteve perene e inabalável.
Iniciamos nossas atividades com o apoio a iniciativas de outras instituições e nos tornamos uma das principais financiadoras de projetos ambientais do país.
Atuamos em todas as regiões do Brasil e passamos a desenvolver também ações próprias. Por meio de nossas Reservas Naturais, conservamos mais de 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país.
Idealizamos e executamos iniciativas como o Oásis, pioneiro em Pagamento por Serviços Ambientais no Brasil, as Estações Natureza, buscando sempre mobilizar a sociedade para a causa da conservação. Tudo isso para mostrar que o meio ambiente não é só uma inspiração, mas uma razão para seguirmos em frente.
Nos seus 40 anos, a Fundação Roberto Marinho vem atuando nas áreas da Educação, Cultura e Meio Ambiente, criando modelos e metodologias que são replicados em parceria com agentes públicos e privados. São experiências como o Telecurso, que já formou milhões de brasileiros na educação básica; o Telecurso Tec e o Qualifica, dois projetos de educação profissional; e o Canal Futura, um modelo de TV participativa, educativa e inclusiva, que tem mobilizado redes da sociedade em todos os estados brasileiros. A Fundação já fez campanhas de preservação do patrimônio, restaurou prédios, monumentos e documentos e propôs soluções para a sustentabilidade de cada um. Ao perceber que patrimônio é tudo aquilo que dá identidade a um povo, criou o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, em São Paulo, o Museu de Arte do Rio, e o Museu do Amanhã, que alia educação, sustentabilidade, tecnologia, meios de comunicação e cultura. Em 2012, a Fundação criou o Florestabilidade, um projeto de educação que visa despertar vocações para carreiras florestais e oferecer recursos pedagógicos sobre a gestão sustentável das florestas para professores e técnicos da extensão rural da Amazônia. Orgulha-se de ser, há 36 anos, parceira do Prêmio Jovem Cientista – iniciativa que, além de estimular jovens talentos a experimentar, nos laboratórios, as fórmulas para um mundo melhor, ajuda, sobretudo, a construir um Brasil mais sustentável e desenvolvido.
A missão do Banco do Brasil é ser um banco rentável e competitivo, atuando com espírito público em cada uma de suas ações, junto a clientes, acionistas e toda sociedade.
Nossa visão é a de ser o banco mais confiável e relevante para a vida dos clientes, funcionários e para o desenvolvimento do Brasil.
O Banco do Brasil tem como Valores o Espírito público. Consideramos simultaneamente o todo e a parte em cada uma de nossas ações para dimensionar riscos, gerar resultados e criar valor. A Ética é inspiração e condição de nosso comportamento pessoal e institucional. Acreditamos no Potencial humano de todas as pessoas e na capacidade de um se realizar e contribuir para a evolução da sociedade.
Buscamos a Eficiência otimizando permanentemente os recursos disponíveis para a criação de valor para todos os públicos de relacionamento; e a Inovação, cultivando uma cultura de inovação como garantia de nossa perenidade. Sempre atentos à Visão do cliente. Conhecemos os nossos clientes, as suas necessidades e expectativas e proporcionamos experiências legítimas Banco do Brasil que promovem relações de longo prazo e que reforçam a confiança na nossa marca.
A missão diplomática britânica no Brasil, por meio do Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação, tem a honra de ser uma parceira da edição 2019 do Prêmio Jovem Cientista. O Ano é uma iniciativa conjunta liderada pelos governos do Brasil e do Reino Unido. Inicialmente discutido entre o então Ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson, e o Ministro de Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes, em Agosto de 2017, em Londres, o Ano foi oficialmente lançado em 27 de março de 2018 em Brasília, numa cerimônia no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). As atividades do Ano ocorrerão entre março de 2018 e abril de 2019 sob uma plataforma que promove oportunidades para cientistas, empreendedores e empresas brasileiras e britânicas para que trabalhem juntos frente aos principais desafios globais em quatro áreas prioritárias: clima & biodiversidade; agricultura sustentável, saúde & ciências da vida; e energia.